A faca do tempo

A faca do tempo
Cortou-me os sonhos.
Contornou-me os lábios,
Deixou marcado
Um sorriso mole,
Ocioso e forjado.
Apenas sobra o fio condutor,
Mnemónica de desenhos,
Outrora completos, de Sonhador,
Pende de Presentes desertos.
Lâmina gasta,
Irrepetível no corte,
Idêntica a si própria, somente,
No espetar da morte.

Canta na noite,
Ruído de papel cortado,
Som de corpo perfurado,
Rumor de foice.
A faca do tempo,
Gume milimetricamente marcado,
Trespassando o corpo feita vento,
Deixou um sorriso imolado…
Imagens retiradas da pesquisa de imagens do Google.
4 Comentários:
Se a poesia é um original teu... muitos parabéns! Gostei da forma como entrelaças as palavras e lhes dás vida! Sabes usar de forma sublime o seu significado e, sobretudo, fazer despertar emoções a quem as lê. Uma vez mais... Parabéns!
Teorias,
desde já agradeço as tuas palavras, é bom saber que despertamos os sentidos de quem nos lê, e só isso, sejam muitos ou poucos aqueles que nos lêem, faz-me ter vontade de escrever mais.
Obrigada.
Se não te importares com a intromissão... passarei cá mais vezes para apreciar a tua poesia. Gostei muito!
Be my guest!
A propósito, se apreciares poesia amadora visita www.escrevo.net.
Fica a sugestão e obrigada.
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