terça-feira, agosto 22, 2006

A faca do tempo



A faca do tempo
Cortou-me os sonhos.
Contornou-me os lábios,
Deixou marcado
Um sorriso mole,
Ocioso e forjado.

Apenas sobra o fio condutor,
Mnemónica de desenhos,
Outrora completos, de Sonhador,
Pende de Presentes desertos.

Lâmina gasta,
Irrepetível no corte,
Idêntica a si própria, somente,
No espetar da morte.




Canta na noite,
Ruído de papel cortado,
Som de corpo perfurado,
Rumor de foice.

A faca do tempo,
Gume milimetricamente marcado,
Trespassando o corpo feita vento,
Deixou um sorriso imolado…



Imagens retiradas da pesquisa de imagens do Google.

4 Comentários:

Blogger teorias disse...

Se a poesia é um original teu... muitos parabéns! Gostei da forma como entrelaças as palavras e lhes dás vida! Sabes usar de forma sublime o seu significado e, sobretudo, fazer despertar emoções a quem as lê. Uma vez mais... Parabéns!

agosto 28, 2006 12:09 da tarde  
Blogger Ponta Solta disse...

Teorias,

desde já agradeço as tuas palavras, é bom saber que despertamos os sentidos de quem nos lê, e só isso, sejam muitos ou poucos aqueles que nos lêem, faz-me ter vontade de escrever mais.

Obrigada.

agosto 28, 2006 12:31 da tarde  
Blogger teorias disse...

Se não te importares com a intromissão... passarei cá mais vezes para apreciar a tua poesia. Gostei muito!

agosto 28, 2006 1:02 da tarde  
Blogger Ponta Solta disse...

Be my guest!

A propósito, se apreciares poesia amadora visita www.escrevo.net.

Fica a sugestão e obrigada.

agosto 28, 2006 2:52 da tarde  

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