quarta-feira, janeiro 24, 2007

Libertação




















Estas roupas atira-as ao chão,
Este corpo, vagabundo,
Escravo dos prazeres do mundo,
Escravo da clausura de uma incerta solidão,
Despoja-me dele e fica com a minha alma,
Semeia o teu terror e a tua calma.

Colherás o incerto, mas profundo,
Pois que estes olhos em ti, vêem o mundo
Num idílio de poesia,
Na doçura de um murmurar,
Na perfeita ousadia,
De quem o consegue afirmar.

E se este corpo e esta boca,
Por vezes o cala,
A minha alma então te fala,
Despojada da extensão
Que os braços não podem alcançar,
Negando essa prisão,
De que a alma não pode falar.



Contexto original da imagem em.www.astro.lu.se

7 Comentários:

Blogger PavlovDoorman disse...

É um prazer ler tais palavras por alguém que tão bem as ordena.

Beijinho

janeiro 24, 2007 2:28 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Extraordinária reflexão da verdadeira fronteira da plenitude do AMOR,se do corpo, se da alma!
Parabéns!!!

janeiro 25, 2007 1:21 da tarde  
Blogger fairybondage disse...

Que lindo!!!
Parece que as palavras nasceram para se encaixar neste poema!!
Adorei!!!

Bjs

janeiro 25, 2007 3:42 da tarde  
Blogger João Filipe Ferreira disse...

está lindissimo...
fiquei sem palavras....
adorei..
o amor sente-se com orgulho por estar retratado por alguém como tu:)
adorei:)
beijao enorme menina das letras=)

janeiro 26, 2007 1:17 da tarde  
Blogger eu, do alto do meu salto disse...

Olha ela a escrever tão bem novamente!! :)

Uma vez mais, lindíssimo!

beijinho

janeiro 26, 2007 1:46 da tarde  
Blogger o alquimista disse...

...E tão bela é a tua alma, tão imenso o teu sentir...


Doce beijo

janeiro 26, 2007 5:45 da tarde  
Blogger Ponta Solta disse...

Pavlovdoorman,

O prazer é meu em ter-te por cá;

White Angel,

Reflexão ou não, eu acredito em ambos!;

Fairy,

Obrigada, todas as palavras acabarão por encaixar-se, quando as sentimos;

João,

Que serei eu para essa imensidão, as palavras não me chegam, só almejam...

Dona do Stander,

Escrever é um gosto, "bem", ainda bem que achas que sim!

Alquimista,

Se isso se pudesse medir e ver, provavelmente seriamos bem mais claros e perceptíveis aos olhos de cada um...

Obrigada pelos vossos comentários.

Bjs

janeiro 30, 2007 3:18 da tarde  

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