sexta-feira, maio 11, 2007

Abstracções













Longe estão os momentos perseguidos
E erguem-se agora com os barcos na neblina,
Fantasmas dos futuros intangidos,
Como outrora uma cigana leu na minha sina,

Perpétuos só os ventos, os campos e a terra,
Insidiosos os tormentos pressagiantes da quimera,
Em que na Terra os vivia na insistência perseguida
Em que construía de torpes sonhos a minha vida.

Mas desenhou-se nos dias e na noite obscura
Uma abstracção dessa mesma pintura,
Um desvio à norma erigida,

Mas como nem só de sonhos se vive a vida
E os fantasmas vêem e por fim voltam
Como os dias que as noites cortam.


(O quadro dispensa apresentações
embora não sirva propriamente
para engradecer o que se revelou
um soneto frustrado)

13 Comentários:

Blogger O Autor® disse...

Para soneto falhado não está mesmo nada mal....

Eu gostei muito... antes todos os blogs que nos enchem de poesia forçada tivessem a qualidade deste soneto "falhado"...

maio 12, 2007 1:28 da tarde  
Blogger fairybondage disse...

Eu adoro Dali!!!
Mas gostei muito mais do teu soneto!!! Já tentei imensas vezes, construir um, sentir... mas não consigo! Fica sempre muito forçado!!
O teu está excelente!!!

mil beijinhos

maio 13, 2007 1:53 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Porque há coisas que nos prendem... Tive curiosidade em espreitar-te e detive-me um pouco. Gostei do teu universo e gostei de saber que gostás-te de ver "Colisão" e de ler "La Sombra del Viento".

Voltarei com mais tempo

maio 14, 2007 3:18 da manhã  
Blogger Sandokan disse...

Esta noite, o luar
é um corpo branco de mulher
no azul do ar,
reclinado,
roçando a fronte do poeta
eternamente dos céus enamorado.

Mas eu sou teu Amigo,
companheiro de
longas caminhadas.
Amigo
que não esquece a estrada,
porque ela é
uma doença romântica,
um assunto do coração,
uma metáfora da vida.
Anda, vem caminhar comigo
indiferente
a esta mais longa e
violenta caminhada,
porque terás sempre
a minha
SOLIDARIEDADE

*

Vem comigo, então, ao
http://lusoprosecontras.blogspot.com

maio 14, 2007 5:08 da tarde  
Blogger Lord of Erewhon disse...

Não está mal o poema.

maio 14, 2007 9:22 da tarde  
Blogger ruth ministro disse...

Palavras dignas do quadro escolhido.

Beijinhos

maio 15, 2007 4:51 da tarde  
Blogger Pedro Branco disse...

Para dizer que voltarei com mais tempo.

maio 16, 2007 11:14 da tarde  
Blogger Nélia M. Pereira disse...

Caro(a)s Bloggers,


A NEGRA TINTA EDITORIAL tem o grato prazer de lançar a obra “CÂMARA ESCURA (revelação), do poeta Joaquim Amândio Santos, com prefácio de António Lobo Xavier.

Sendo esta obra mais um trabalho nascido de um escritor cuja carreira foi lançada na blogosfera, a exemplo das edições previstas e possíveis no futuro próximo desta editora, será importante contarmos com a honra da presença de bloggers nas diversas acções de lançamento da obra.

Nesse sentido, solicitávamos indicação de morada ou preferência por receber o convite por mail para negratinta@gmail.com, bem como qual dos eventos escolhem para nos honrar com a sua presença.

Lançamento e Apresentações:

31 de Maio Funchal
8 de Junho Penafiel
14 de Junho FNAC Norteshopping, Porto
28 de Junho FNAC Chiado, Lisboa
5 de Julho FNAC Coimbra


Aproveitámos ainda para solicitar que qualquer manuscrito que entendam colocar à consideração desta editora para possível publicação, seja enviado por este mail, ao meu cuidado, estando previsto editarmos até 4 obras, nascidas na blogosfera, até Março de 2008.

Saudações Literárias,

Nélia Maria Pereira
Edições e Comunicação
NEGRA TINTA EDITORIAL

maio 18, 2007 3:03 da manhã  
Blogger o alquimista disse...

Tens magia...!


Os teus pés são navegantes na espuma, o teu cabelo dança em descuidada ironia, suave viagem de ondulante onda em tua boca, duas sílabas sopradas em mágica melodia…

Bom domingo

Doce beijo

maio 20, 2007 1:06 da tarde  
Blogger João Filipe Ferreira disse...

pois está lindissimo e eu adorei:)

ps: participa em www.luso-poemas.net :)
beijinhoooooooooooo

maio 22, 2007 2:27 da tarde  
Blogger teorias disse...

Um soneto não é propriamente algo que seja fácil de contruir... gostei deste como tenho gostado de quase toda a tua poesia. Tens facilidade de lidar com as palavras e as palavras, para ti, têm poucos segredos. Parabéns.

Beijos

maio 26, 2007 6:00 da tarde  
Blogger Pedro disse...

Falo-te de um céu extinto e de lugares que o tempo apagou. De palavras vadias do avental onde afundava as mãos para te acariciar o ventre. De lágrimas despejadas na laje fria das flores que secam no peitoril ainda à espera do teu matinal desvelo. Das muitas cartas que o vento sepultou e do tanto que ficou por escrever nas toalhas encardidas das tabernas antes da despedida. Falo-te porque nos levaram o favo da maresia o arrulhar dos pombos todos os segredos confessados à sombra da viela.

Alberto Serra

maio 31, 2007 1:25 da tarde  
Blogger teorias disse...

Um mês depois... já escrevias qualquer coisinha nova, não? Vá lá... a malta sente falta de te ler ;)

Beijos

junho 09, 2007 6:40 da tarde  

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