segunda-feira, junho 11, 2007

Equilibrista












Temo que o teu beijo
Me atravesse a alma
Sem permanecer
Sem espelhar a calma.
Temo que as tuas mãos
Se sustentem apenas desta pele,
Desta carne que não dura,
Temo.

Mas insisto,
A vida é essa insistência sombria
De prevalecer ao sofrimento,
E buscar nos beijos e nas mãos o equilíbrio,
Que os pés não dão, quando há a queda.

Temo,
E agarro esse temor
Com as entranhas do meu ser desconhecido,
O que busca o sabor do que vivo,
O que te busca,
Para me equilibrar.


Imagem conseguida através da pesquisa do google

3 Comentários:

Blogger ruth ministro disse...

A vida é esta incessante busca pelo equilíbrio :) Muito bonito.

Beijinhos

junho 12, 2007 10:55 da manhã  
Blogger Filipe disse...

Temor... Te(a)mor... o medo e o amor estão sempre refens um do outro!
Podemos ate nem lembrar mt isso... mas...

Sentir esse medo, é sinónimo q uma parte de nós (se nao o todo) está perigosamente... fora de nós!

Como é bom sentir o perigo... estamos mais vivos q nunca!

Temor... :)

junho 12, 2007 10:51 da tarde  
Blogger Joaquim Amândio Santos disse...

sacodem a solidão, por entre as migalhas de poeira, cada um dos passos firmes num passeio solitário.

para lá da estrutura auditiva, o ninho de palavras de um escritor sorve todos os ruídos que volteiam no mesmo mundo das cores, na mesma dimensão dos animais, plantas, construções e pedaços de natureza que se espalham ao longo da vida desse percurso.

eis o que pulsa no fervor da escrita.
cada página um campo de batalha, cada palavra uma adaga desse convicto vampiro do mundo de todos, de todos quantos agora foram sorvidos pelo seu mundo!

junho 13, 2007 5:13 da tarde  

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