quinta-feira, junho 14, 2007

Procuras
















Por vezes fico a olhar-te. Procurando as traduções intraduzíveis dos sentimentos. Procuro nos traços inúmeras respostas para uma infinitude de perguntas que sei não terem resposta, mas que julgo mesmo assim encontrá-las no horizonte que me ofereces. Há perguntas que nunca morrem, e respostas que há muito pereceram.
Persisto em encontrar repostas na tua imperscrutável face muda. No fundo, todas as respostas não interessam, mas são importantes. Importa mesmo é estarmos aqui. Nem que por vezes não saibamos porque estamos. Sabemos que é assim. Sabemos o desafio que aceitamos, e sabemos que a desistência nos enfraquece, e nós não queremos ser fracos, mas não somos diferentes de todos os outros. Mas não somos os outros nós... somos Nós.
Por vezes fico a olhar-te. A procurar perguntas, porque tenho fome de conhecimento. Porque ele não se esgota só porque estamos aqui, mesmo que saibamos porquê, mas desconheçamos a razão efectiva.

Por vezes fico a olhar-te, com a alma turva de silêncio, o coração trôpego, e a boca cheia de palavras submersas que não pretendem ser resgatadas.



Imagem conseguida através da pesquisa de imagens do google.


1 Comentários:

Blogger fairybondage disse...

Lindo!!!

As tuas palavras constroiem
poesia em prosa
e deixam frases
no ar
do meu pensamento!!!

mil beijinhos

junho 23, 2007 9:33 da manhã  

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