terça-feira, outubro 23, 2007

Eu vi um sapo... mas não o quis comer...




Nem sempre a Razão está do lado de quem pode, e nem sempre a Palavra é possível, no seu uso, contra um opressor.

Já lá dizia um ditado qualquer que “quem pode, pode” e que quem tem a faca e o queijo na mão pode tudo…
Nem sempre é fácil definir a linha que ultrapassa tudo aquilo que se pode fazer para quem tem o poder. O tempo da tirania já era e por isso a liberdade de expressão terá algum lugar nos dias que correm. Nem sempre somos é livres de utilizá-la sem sofrer algumas consequências, ou sermos mal interpretados, especialmente se quem nos ouve nessa liberdade, é precisamente quem tem o Poder. Haverá limites tanto para a liberdade de expressão como para o exercício do Poder. E serão limites muito ténues.
Quando os dois convergem há normalmente consequências para quem está por baixo… “Quem pode, pode, Quem não pode, sai de cima” (assim acho que é o dito popular completo).
Alguém diz, com a sua cota de razão que é necessário “engolir alguns sapos”… Há quem aprecie as afamadas pernas de rã… eu, que nunca experimentei, tenho uma (talvez estúpida) aversão à ingestão possível das partes do animal… Ora engolir um inteiro, sem mastigar sequer, parece-me tarefa árdua… Mas, no entanto não impossível, e por isso há que ir deitando cá pra fora, sem que ninguém esteja a olhar, mas sabendo que não estamos sozinhos nessa indigestão… É o que acontece muitas vezes quando temos de engolir em seco e não deitamos pra fora todas as partes do sapo indigesto que engolimos, para não arcarmos com as consequências simples de não querermos essa mesma indigestão…

Diga-se muito ou pouco, a própria história ensina que quem está no poder, é quem pode, independentemente da rectidão do que é ordenado, e que entre os fariseus e os tiranos da Grécia antiga, convém também não esquecer que foram uns quantos gregos que com um presente envenenado deitaram as chamas a Tróia, e que muitas vezes a união faz a força e a voz da união chega a prevalecer sobre quem pode…

Há dias porém em que os cavalos de Tróia nunca mais cavalgam para o seu destino, pois não há uma união que os empurre, mas somente um ou dois burros a puxar…

Por agora… (sim, porque os ventos estão sempre a mudar), eu prefiro ser um burrinho que devagar se faz ao caminho… do que uma indigestão ambulante e verde, da coloração conseguida por tantos batráquios engolidos!

(É que, se os sapos fossem mesmo príncipes enfeitiçados, não haveria tanta gente a queixar-se de coita d’amor!)


Imagem conseguida através de pesquisa no google



2 Comentários:

Blogger BlueShell disse...

Grata pela visita. Gostei do conteúdo do texto e da forma "leve" com que tratas um assunto, afinal, sério!

Estou de gripe: hoje não dou beijos,
BShell

outubro 23, 2007 4:58 da tarde  
Blogger ruth ministro disse...

Bem verdade... :)

Opta por umas saladinhas, são verdes mas digerem-se bem ;)

Beijinhos

novembro 08, 2007 9:23 da tarde  

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