Eterno Contratempo
Não sei nada da dor,
Da vida,
Ou do amor.
Sei as outras mãos feridas
Os outros olhos cansados
E os meus pecados,
De vivências idas.
Sei onde estive
E sei que não estive
Quando devia estar.
Há olhares que se apagam
Mas permanecem no ar
Quando olhamos para dentro
E sentimos com pesar
Que o tempo é um contratempo
Que a vida faz questão de marcar.
publicada por Ponta Solta às
12:49 da tarde
5 Comentários:
:D
Absolutamente fantástico... Lindo, triste, muito profundo. Cada vez gosto mais de te ler.
Os meus desejos de um Feliz Natal.
Mil beijos
Infelizmente Utzi, é mesmo isso, triste como o abandono da vida a que o tempo nos vota.
Obrigada
Percebo-te. Um beijo e um abraço apertado... Procura sorrir, mesmo que custe. Eu acredito que o amor é imortal, e quem nos ama, esteja onde estiver, ficará feliz se nos souber com um sorriso no rosto. Mil beijos e os meus votos de um Feliz 2008.
O LUTO VIVE EM MIM,
É SAUDADE QUE APERTA.
JÁ A AMIZADE,
AGORA VIVE SUBMERSA.
O LUTO NÃO FALA,
MAS É UM SILÊNCIO EGOISTA.
O LUTO NÃO MAGOUA,
MAS É UMA DOR QUE PRESISTENTE,
TORNA OS MEUS OLHOS VERDES,
NUM AZUL DORMENTE E TRISTE.
O LUTO NÃO SE VÊ,
MAS PERDURA ENQUANTO ESCONDE,
A SAUDADE QUE JÁ SENTE,
ENQUANTO HÁ UM CORAÇÃO QUE DORME.
E UMA MAGUA CONSTANTE,
DEIXANDO UM EGOISMO SOLTO,
COMO UM CAVALEIRO ANDANTE,
DEBRUÇADO SOBRE UM CORPO JAZ, MORTO.
É UMA IMENSA SAUDADE,
NUMA ETERNA SOLIDAO,
É VER GRAVADO NOS MEUS OLHOS ,
UMA LÁGRIMA QUE CAI DO CORAÇAO.
ESTA ETERNA SAUDADE QUE DESPERTA, EM MIM A DESCRANÇA,
DE HAJA ALGUEM QUE ESTANDA A MAO.
AVÓ 17-12-2007
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