Há dias...
Há dias em que a terra e as noites
Não me dizem nada,
Há dias em que o mar
E o seu eterno sussurro
Passam de mansinho
Sem o seu cumprimento azul.
Há dias em que as gentes
Não são gentes,
E se esqueceram da alma
No meio de tudo
O que deixaram no sono,
No meio dos sonhos
Que ficaram esquecidos.
Há dias sem alma,
Há palavras sem força na voz
Há dias de estranha calma
Em que sabemos estar sós.
Hoje???
Sei que há este dia,
Faça ou não parte
De qualquer estranha profecia,
Ele está por toda a parte.
Também eu me esqueci dos sonhos,
Nem me lembro se trouxe a alma
Para prantar o dia de hoje.
De todos os receios medonhos,
Sobra-me estranha calma
Deste tempo que me foge.
publicada por Ponta Solta às
10:08 da manhã
5 Comentários:
Nunca vi ninguém que escrevesse tanta poesia... mantendo a qualidade!
Há dias, há palavras, há situações assim... há maresias, olhares que cavas... há subtileza até ao fim!
Teorias
.........................................................................................................Desculpa, mas é que entretanto, estava a pegar num guardanapo para limpar a minha baba...lol
Hoje é um daqueles dias que estava sinistro, no meio da névoa, mas entretanto, o sol amigou-se com ele e comigo, e foi um momento, como tantos outros que às vezes me apetecem manifestar da minha própria maneira... e o que lês é, a ás vezes satisfeita manifestação e expressão desses momentos, outras vezes a manifestação necessária que ficou aquém da manifestação pretendida...
Obrigada por comentares.
já vi que gostas de brincar... com os meus comentários!!!
A tua maneira de manifestação é a poesia a minha é... a teoria... qual delas a mais incongruente! Como em quase tudo... às vezes manifestamos o vivenciado... outras... o que ficou por vivenviar. Os "não acontecimentos" vão ganhando cada vez mais importância nas nossas vidas... talvez isto dê uma teoria :D
Teorias
Claro, se não levarmos as coisas com um pouco de boa disposição, estamos feitos... Espero que não tenhas levado a mal. É muito bom receber elogios sobre a forma como escrevo, se bem que como dei a entender, nem sempre ache que está bem escrito, mas está lá sempre a minha msg e o meu sentido.
Se isso é uma pergunta (não de retórica) eu podia dizer-te que mesmo tendo em conta a subjectividade, as teorias são bem mais precisas do que os poemas, são as opiniões, as teorias do sujeito quase que "preto no branco", a poesia, tanto está no cinzento, como no preto ou no branco... e não desprezando as teorias (que tive oportunidade de ver as tuas e fiquei muito agradada com as que li)é o que dá maior gozo: a tentativa (vã, por vezes)da sua decifração.
Ai os "não acontecimentos"! Eu teria bastante para dizer ácerca do penso e do que tenho deles... mas acho que devias escrever sobre isso, e concordo em pleno com a importância deles. Maior parte das vezes vivemos precisamente o contrário do que não aconteceu, e aí é que eles entram...(ás vezes) sem darmos por eles...
Há dias assim!
Em que sem saber se dormimos se sonhamos...
Em que sem saber se na verdade existimos...
Nos perguntamos.
É isto a Vida? É isto Viver?
Mas prontamente um sorriso amigo nos leva para o bom caminho.
(Amiga ficamos sem escrevo.net!!! :-( !!!)
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial