Minhas Mil e Uma noites...
Em que embarco para as aventuras
E me lembro humana,
E o espírito de todas as coisas,
Mesmo aquelas que não têm espírito,
Clamam o meu nome
E quero ser delas
E sei que não basto…
Naquelas noites
Em que o tenro da escuridão se palpa
E tudo se desnuda,
E na parca penumbra
Das lâmpadas eléctricas
Tudo se reinventa
Naquelas noites,
Por toda a parte
Cheira a Verão e a Flores desconhecidas
A sentidos e a emoções favorecidas,
E eu não basto…
Porque sei que não basto.
Mas é uma noite para agarrar o mundo
E uma vontade de sorver as coisas
De um só trago profundo.
Naquelas noites
Em que sei o meu tamanho,
Adormeço no êxtase
De cada momento ganho…